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sábado, 12 de fevereiro de 2011

FATO 50: O confidente (IV)



Texto para um só.
Esse texto não contém muita relevância de sentido, é mais um desabafo mental, uma forma de extravaso

E eu nunca mais tive um diálogo comigo mesmo. Eu penso e reflito bastante comigo mesmo, mas não mais um diálogo montado pra deixar mais definido meus pensamentos.
Eu finalmente passei na UNESP em artes visuais, o curso que sempre almejei, mas ainda passei na UFMG também, em cinema de animação e artes digitais, também parece um curso muito legal, que eu gostaria de cursar, mas optei pela UNESP mesmo.

E, bom fiquei muito contente,mesmo. Estou empolgado com a faculdade, mas existem certos fatores que me deixam um pouco, "desolado".
É tempo de mudanças, estou experimentando muitas experiências novas, e agora vou experimentar muito mais. Mas isso me deixa em uma confusão mental, isso afeta o meu eu, eu estou em constante mudança, mas essa fase parece fazer com que elas sejam abruptas.
Além do mais eu não sou mais o mesmo que releva quase tudo, que tinha uma aceitação muito boa. Certas coisas me incomodam, não consigo mais contorná-las. Além do mais algumas atitudes das pessoas, por mais que naturais, espontâneas, me abalam, talvez seja mesmo pela naturalidade. Certas coisas você não espera das pessoas, certas coisas você não entende, ou melhor, até pode “entender” mas não compreende, acha que não é do feitil, que não há necessidade da realização do ato. As pessoas agem como acham que devem agir, por auto-afirmação, por serem elas mesmas, mas alguns pontos, você sabe que não é muito legal de se fazer, mas ainda o faz, ou melhor, não que não deveria não fazer, mas que faz apenas por convenção, por um gosto que pode ser banido, mas é indiferente, pra VOCÊ.
Claro que você tem que ser você mesmo, mas as vezes as pessoas deveriam considerar um pouco mais os outros. Não que muitas vezes não o façam.
Minhas atitudes têm conseqüências, e por mais que eu pense nelas, certas vezes não consigo ponderá-las e as realizo.
As pessoas às vezes parecem indiferentes, eu mesmo acho, mas quando me toco, tento evitar.
Eu estou me importando demais com certas coisas que não deveriam ter tanto impacto na minha vida. E isso me corrompe por dentro de forma sorrateira.
Eu acho que ainda dependo muito da atitude dos outros. Eu mesmo não sou mais o mesmo, eu conscientemente me julgo o mesmo, mas ao lembrar, e refletir, meu modo de interação com os fatores externos e internos andam diferentes.
Eu não queria que o mundo fosse do meu jeito, queria que ele quisesse, em certos pontos, ser do meu jeito.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

FATO 29: O confidente (III)



Já chega. Achei que fosse uma fase, mas esse sentimento que me angustia insiste em reaparecer.
Ele me corrompe, me deixa revoltado, amargurado e com um vazio dentro do meu ser.
É o meu próprio eu contra o eu. Aos poucos consigo tomar em conceitos esse sentimento que me aflige. E por palavras vou tentar defini-la.
Vejo minha ignorância, me sinto um fútil, não tenho complexidade no meu ser, não possuo um repertório cultural, ou conhecimentos que estejam incrustados em mim. O conhecimento não sou eu, eu apenas tenho posse sobre ele. Me sinto envergonhado por não ser capaz de tanto, assim como outros são. Poliglotas, gênios, vanguardistas, pensadores unanimes! E eu? Não sou nada.

Não consigo, quer dizer, tenho potencial, todos temos, e então porque eu não consigo despertar isso em mim, não sou capaz de me tornar o conhecimento. Porque me prendo tanto, me preocupo tanto? Eu mesmo sou as correntes que quero quebrar, mas se os fizer, vou desestabilizar minha segurança, a certeza de quem sou. Ou a ilusão de quem sou.
Sou tão pobre intelectualmente que nem consigo me expressar com palavras e frases sólidas, frases de efeito e clareza de forma que transponham exatamente o que sinto.
Incapaz até de tentar querer mudar, só depende mim, e eu desejo, mas minha atitude tanto mental como espiritual não consegue me levar à como desejo ser.
Queria ler, estudar, pesquisar e incorporar o conhecimento em mim, conhecer livros e autores, citações e feitos. Porque raios, quando eu pego um livro sinto como se fosse uma perda de tempo e que poderia estar fazendo algo mais ativo. Porque diabos então não consigo me disciplinar a conseguir me interessar pelo conhecimento. Ou melhor, de certa forma me interesso, mas não sou capaz de assimilá-lo.
Eu sou o único que possui as respostas, o único que pode incorporá-las.
Eu dependo demais dos outros, não consigo ser um autodidata, sempre procuro alguém para me guiar, para ter a impressão de que estou no caminho certo. Eu tenho medo de fazer um caminho errado, e ter a impressão de que só perdi tempo.
Tempo, eis uma coisa que me perturba ultimamente. Antes mal me preocupava com esse conceito, mas agora, me sinto como uma formiga em uma ampulheta.

Me sinto um estranho no ninho. Por vezes me sinto incompatível em grupos sociais. Meu comportamento, meus pensamentos me angustiando, não consigo viver o momento. O pior, é que só eu posso me tirar dessa situação. E eu ainda espero que isso passe sozinho, que é só uma fase, que por puro fluxo da vida isso vai passar.
Mas não vai. Até eu me encontrar até eu definir o que sou, eu não vou me inquietar. E não sei quanto isso vai demorar. Queria eu ficar louco e não ter mais preocupações.

Queria eu, voltar a ser iludido por mim mesmo e pelo mundo.Ou talvez não...

Estou em uma fase de transição. Não sou mais aquele que acredita em tudo, que pensa que tudo esta bem, que aceita os acontecimentos e convivência. Mas também não sou aquele que tem uma posição, um conhecimento capaz de superar essa fase, um intelecto que não tem mais preocupações por conhecer as coisas.
É como entrar em uma realidade e não poder voltar mais. Depois que você adquire um senso crítico, um pensamento além do esperado, você não pode voltar mais ao sossego. Você tem que se adaptar a isso, ou vai ficar sempre com essa angústia no peito.
Eu quero que meus amigos me entendam e gostem de mim, mas não estou mais sendo capaz disso, estou paranóico comigo mesmo, eles são os mesmos, mas será que ainda me enxergam com a mesma mentalidade de antes? Minha imagem mudou, ou eu ao menos estou achando isso e faz com que eu me torne recluso, e talvez por isso, ai sim as pessoas me vejam de outra forma, ai sim me tornando um recluso.
Ao menos escrevendo, de certa forma, uma ilusão de desabafo acontece. Ao menos deixo mais explicito o que me amargura. Uma forma de alívio.
Ainda sim, eu permaneço o mesmo.

O ignorante.

O hipócrita.

O egoísta.

Além de outros adjetivos que se enquadrariam na minha personalidade, mas essas são as que me fazem mais sofrer nesse momento, e as que mais se evidenciam.
Eu me considerava inteligente, considerava que minha mentalidade tinha capacidade de ter um senso crítico e uma linha de pensamento coerente, mas vendo um pouquinho mais do mundo, eu vejo que sou mais um ignorante. E sou o pior de todos, porque fui capaz de enxergar isso e admitir, e ter vontade de mudar, mas ainda sim não sou capaz de sair dessa mediocridade. Esse é o pior dos ignorantes, a verdadeira definição de ignorante.

Com qual disposição eu ainda consigo ser eu mesmo? Essa corrente chamada eu, é mais difícil de ser rompida do que pensei. Eu espero sinceramente que ninguém passe essa angústia aparentemente sem motivos.
Além do mais quero agradecer. Agradecer a todos que eu convivo e já convivi. Agradecer os elementos que compuseram a minha vida. Agradecer ao mundo por ser assim. Agradecer cada “lei” que rege a natureza dessa realidade. Sim. Isso talvez me faça sentir melhor, mostrar como apesar de tudo, ainda sim consigo ser um real apreciador desse mundo e de cada ser vivento ou não que nele habita ou se encontra.
Cada um foi importante na minha formação, na minha personalidade. Por mais efêmera que foi nossa interação, uma parte de você ficou em mim.
Agora eu consigo “entender” porque acreditamos em um deus. Acreditar que mesmo com tudo, tem alguma força, energia que está sempre ativa e nos acompanhando. Sendo o mentor dos caminhos e do destino.
Infelizmente eu não tenho mais esse apoio. Ou melhor, não acredito em mais nada que o homem uma vez disse sobre esse deus.
O deus que eu acredito sou eu. Ou melhor, ele é tudo, uma espécie de energia infinita. Eu não sei.
Realmente não sei o que pensar e talvez seja assim mesmo. Deus não deve ser pensado ou discutido. O importante, se é que você acredita, é que ele está contido e indo mais além, talvez de fato “ele” seja onisciente e sendo a “criatura” mais sensata de tudo, afinal se nós mesmo temos essa impressão de racionalidade, porque a existência suprema não seria?

Eu só cai pra esse papo pra mostrar como sou dependente, quero que alguma outra coisa, além de mim, assegure minha existência, a minha estabilidade. E agradecendo, deve de alguma forma ativar uma parte do meu cérebro que me tira uma culpa de estar desse jeito, automaticamente me sentindo mais confortável.
Em especial quero agradecer quem leu o texto inteiro e de certa forma se identificou, ou ao menos, me entendeu, ou simplesmente pode tirar algum proveito dessa leitura, afinal é para isso que existe essa arte de ler.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

FATO 22: O confidente (II)



Ontem fui à festa da rede litoral, uma festa que vou praticamente todo ano desde criança. Notei que o tempo apesar de ser o mesmo, ele passa diferente. Quando era criança, lá eu me divertia muito, sendo nos fliperamas, joguinhos, futebol de sabão, cama elástica ou degustando guloseimas e o tempo apesar de durar bastante, pois era bem aproveitado, ainda sim parecia passar rápido. Esse ano foi o que mais senti diferença. O tempo parecia passar devagar. Bom eu estava entretido no começo, comendo e conversando estava bem divertido ainda mais coma companhia de velhos amigos, mas depois de um tempo as coisas estavam menos animadas. E o tempo pareceu desacelerar. E entrei em um dilema, por um lado queria ficar pra aproveitar mais um pouco do evento junto aos meus amigos, por outro lado queria que o tempo passasse rápido e pudesse voltar para Itanhaém e me encontrar com a Thalita e ainda com Marco e com a Ana, mas ainda por outro lado, queria que o tempo andasse mais devagar pra que eu pudesse encontrá-los ainda cedo.

Notei logo que estou com problemas em administrar meu tempo, ou com a impressão disso. Eu quero aproveitar meu tempo, mas ao mesmo tempo eu não consigo conciliá-lo. Eu quero fazer uma coisa, mas tenho outra coisa pra fazer, mesmo que essa coisa eu goste de fazer, eu estou perdendo outra coisa que também gosto. Escolhe por uma coisa que você não gosta e escolher por uma que você gosta, muitas vezes é fácil, desde que não envolva nenhuma obrigação. Mas escolher entre duas ou mais coisas legais é muito difícil. E o tempo parece cada vez mais entrar em uma rotina e em um ritmo que não estou me adequando.

(começou a tocar Sweet Child O’Mine)

Estou notando que, eu que estou vendo problemas demais. Estou pensando demais, apesar de isso parecer bom, não é. Eu não preciso escolher assim, entre certo e errado, entre uma coisa e outra. Não preciso ficar vendo o que vai ser melhor ou o que eu poderia estar fazendo. Além de ficar pensando em coisas que não tem respostas, e ficar teorizando coisa que não servem pra nada.

Eu estava/estou com um sentimento angustiante dentro de mim(o que me fez fazer um “diálogo” comigo mesmo) que por mais que tenha tentado esclarecer o porquê dele, ainda sim eu não sei. Hoje eu estava pensando, sem “diálogos”, que acho que sou eu mesmo que estou me deixando assim, se eu quiser voltar ao normal é só eu querer. Voltar a ser mais animado, fazer piadinhas, ser tímido às vezes, refletir de um jeito normal... ser eu ué. Esse sentimento deve ser uma espécie de auto limbo. Uma forma de eu mesmo me fazer sentir desse jeito. Não sei porque minha mente quis aprontar essa comigo. Me recordo que já fiquei meio estranhozinho em outros anos. Acho até que por essa época mesmo. Acho que meu organismo tem um ciclo que se compatibiliza com os cosmos e de acordo com seus períodos energéticos tenho meu corpo terrestre alterado.

Ow, taí uma coisa que eu gosto, fantasiar. Não que eu não acredite que o macrocosmo altere meu humilde microcosmo, mas, eu gosto de pensar nessas coisas sobrenaturais, tipo energias, alienígenas, fantasmas, poderes, magia etc etc. Muitas delas eu não acredito, mas gosto. Acho que é meio que um refúgio meu da realidade. Não que a realidade seja de todo mal, eu sou de fato um real apreciador desse mundo e toda sua perfeição. Mas as vezes a realidade se torna uma coisa muito comum, muito igual, hehe. É que nossa realidade é meio que a mais certa nas leis naturais, quer dizer, acho que é assim porque vivemos nela, porque se o mundo fosse repleto de pokémons, seria absolutamente normal para nós, e seria a nossa realidade com as leis naturais mais certas...

Bom é isso, chega de bos*a por hoje.
(nossa, começou Revolution 9 do The Beatles, meu, que ... mágico? )

sábado, 9 de outubro de 2010

FATO 21: O confidente(I)



Me disseram que nunca é tarde pra se começar um diário. Eu também achava que não, mas por mero comodismo não o fiz.

Relatar seus pensamentos, angústias, alegrias, enfim, sentimentos e emoções para que mais tarde leia e veja sua mudança. Ver o que você temia, o que te alegrava, ver como você era e poder rir, se emocionar ou pensar sobre isso. Além de documentar você também pode refletir.
Diário deveria ser uma coisa pessoal? Talvez sim. Mas o diário é meu, e eu faço do jeito que bem entender. Muitos tem seu diário exposto depois de sua morte, no meu caso vou compartilhar o que sinto conforme o escrevo; guardar pra si mesmo só faz você se sentir mais sozinho, seus pensamentos são simplesmente perdidos nos cosmos,como se nunca tivesse tido pensado ou sentido. Posso ter um registro e que todos que quiserem podem ver, se identificar, opinar,contra dizer e com sorte, até rir.

Nada de meu querido diário.

Loucura. Esses últimos tempos achei que estava próximo dela, ou melhor, queria achar que estava. Sei que ser louco é muito mais ousado do que posso ser agora. Ser louco é ser você mesmo sem medos ou receios, é se libertar de tudo, não ligar para o que os outros vão pensar. Ser louco é não conter mais seus pensamentos, é não mais se confundir com eles, ao contrário do que acham. O turbilhão de emoções e vontades se expõe naturalmente, não sendo mais vontades e sim feitos.
Por isso não cheguei à loucura. Estou em um estado que penso demais, em que me preocupo demais. Não há mais carpe diem, não há mais inocência. Agora tenho pressão. Uma pressão que nem existe, uma pressão ilusória feita por mim mesmo, o que me angustia.

Eu estou conversando sozinho mais constantemente. Agora são "diálogos" elaborados, um sou eu mesmo, ou outro sou eu, mas como se eu tivesse uma sabedoria muito além, como se fosse um conselheiro. Acho que é um resquício dos tempos que eu orava para Deus. No caso eu só agradecia e pedia. Depois comecei a tratar Deus como uma parte de mim, e poderia falar sem formalidades e poupar palavras, já que ele poderia entender o que eu sentia sem falar uma palavra. Confesso que ainda agradeço-o ou faço pedidos, mas minha visão sobre ele é totalmente diferente daquela que a igreja me impunha. Um dia eu falo o que acho de deus. No caso quero retornar ao meu "diálogo" comigo mesmo.

-Por que eu ando estranho? Como se algum sentimento me angustiasse, eu não consigo saber, nem sei porque comecei a sentir isso...

-Bom, mais uma vez veio conversar sozinho não é? É mais fácil de deixar claro o que se passa pela sua mente, tentar decifrar pensamentos subjetivos.

-É...

-Então, você anda preocupado demais com o futuro, ainda mais com o fim do ano, que começam os vestibulares, e além, caso você passe, por mais que seja o que você quer, sua vida vai mudar, longe de casa, viver diferente de como está vivendo esses últimos 19 anos.

-...

-Além disso, está preocupado como irá viver sua vida. Fazer uma universidade é uma experiência que você quer viver, mas depois e durante ela, você tem que começar a criar uma “independência”, ou seja, começar a trabalhar e tal. Mas você não consegue se adequar a essa idéia, ter que se preocupar com mais uma coisa, um emprego? E sua vida? Vivê-la, as coisas boas, não ficar preso. Ter amigos ao lado, viajar, ver costumes e culturas diferentes. Mas não tem tempo pra tudo isso. Isso te preocupa.

-É, além do mais, eu sou muito preso, meu senso de certo e errado fica em constante conflito, e me sinto mal.

-Sua personalidade foi se formando por influências do que a sociedade toma por certo e errado, você não pôde se adequar a tirar suas próprias conclusões, apesar de que, agora você consegue enxergar com mais clareza e tirar suas próprias conclusões, mas ainda sim, se sente preso. Se sente preso por respeitar demais os outros, provavelmente uma parte incrustada na sua personalidade, talvez por causa do que seus pais sempre te passaram, você também se preocupa demais com sua imagem, você quer ser legal, quer ser bom pros outros. Às vezes você passa por cima das suas vontades por essa limitação. Não que ela seja ruim, respeitar os outros é formidável.

(parei de escrever pra comer lasanha.)

No caso também estou tentando transcrever um “diálogo” que tive. Mas há muitas falhas nele, não sou capaz de reproduzir com uma boa precisão, estou tentando deixar a idéia central de como foi.

-E como eu resolvo essas angústias, como vou me livrar delas, me libertar de minhas limitações?

-Nós vimos no filme clube da luta que para que uma pessoa se liberte ela precisa perder tudo. Acredito que isso seja uma verdade. Mas perder tudo é doloroso demais, mudaria totalmente sua personalidade, e pra que ser livre assim, não sei se a liberdade vale tanto a pena. Acredito que haja formas de você tornar-se mais livre.

-Perder tudo, é demais pra mim, não sei se alcançaria a liberdade depois disso, eu mesmo me penaria.

-Bom, talvez se seu emprego fosse ser um artista. Um Artista mesmo, fazendo suas manifestações e criações quando bem lhe calhasse, e com elas, tirasse seu sustento material, para manter uma casa, uma família quem sabe. Ai você poderia viajar, e fazer o que bem entender, sem o peso de compromissos. Mas o caminho até isso é difícil, além de competência, entraria em jogo contatos e sorte.

-Bom, eu me sinto um pouco mais esclarecido, apesar de não ter tido resultados concretos, ao menos já sei algumas coisas que me afligem com mais clareza.
Geralmente não tenho uma conclusão ou me despeço, o papo vai acabando e pronto.
O importante, é que eu fico mais esclarecido e extravaso, poderia até falar com outras pessoas, mas falando comigo mesmo, eu me conheço melhor, eu falo de mim comigo mesmo, uma espécie de reflexão mais forte. Quase uma meditação.

Outra coisa que gosto de fazer é, antes de dormir, deixar minha mente vazia. Tentar pelo menos, porque conforme for, umas vozes vão surgindo na minha mente, elas dizem frases aleatórias, citações breves, uma parte de algum diálogo desconhecido e aleatório, chamado, risos e palavras. As vozes variam, podem ser de conhecidos, atores e personagens ou desconhecidos. O Marco me disse que isso é uma técnica de meditação de alguma cultura acho, mas eu fazia porque uma vez aconteceu e comecei a repetir.

Escrevi esse texto ouvindo o álbum do Pink Floyd - Dark Side Of The Moon